sexta-feira, maio 23

Como corrigir o Brasil? - O brasileiro não vota certo

Netses ultimos 2 anos, o povo Brasileiro saiu nas ruas para protestar contra a corrupção no Brasil. Isso foi algo inédito, pois o povo Brasileiro sempre foi considerado um povo pacato e raramente na história tivemos mobilização social tão grande contra politicos deste país. Isso com certeza é um ponto positivo para o país. Neste post abaixo, gostaria de apontar um problema grave nesta mobilização toda, que vem ocorrendo de forma sistematica, e apresentar uma solução pratica para o caso.

Primeiro, vou apresentar o problema: Imagine que o Brasil está dividido em 2 grupos. Um grupo formado por todos os Brasileiros que não tem cargos politicos (Nós - o povão). E um segundo grupo formado por todos os políticos em exercício no Brasil. Imagine que este grupo esteja situado acima do grupo anterior, mais precisamente em cima de uma montanha de dinheiro. O maior erro do Brasileiro é achar que se algum politico especifico ganhar as eleições, ou seja, colocarem um candidato ideal no grupo de cima, esta nova composição do grupo de cima faria o Brasil mudar pra melhor. Não, isso não vai funcionar. Se funcionasse, já teria surtido efeito pois nos últimos 50 anos tivemos muitos políticos carne-nova no pedaço e muitos saindo fora da politica. Te garanto que todos os partidos já tiveram a chance de governar, desde aquele partido que você mais gosta, ate aquele que você mais odeia. Mas então, como corrigir o Brasil?

A solução do Brasil não virá de cima pra baixo. E não estou falando só de presidente não. To falando de todos: Presidente, governadores, prefeitos, deputados e vereadores. Pode colocar qualquer um la no grupo de cima, que muito pouco mudara. Não vai adiantar nada tirar um politico e colocar outro no lugar. Repito: Se você acha que a solução do Brasil eh o povo votar "certo", então você esta errado.

A solução do Brasil não virá de cima pra baixo. Vamos imaginar um cenário onde o povo vota certo. O que seria votar certo? Votar naquele que você quer ganhar? Votar naquele que é ficha limpa? Não vai adiantar, pois assim que o certo entra, ele se estraga pois o sistema esta corrompido. O problema está no sistema.

A solução do Brasil virá por outra via, de baixo pra cima. O povo não precisa votar certo. (Ta, votar certo ajuda...rs... mas..) O que o povo precisa fazer eh fiscalizar certo. Isso mesmo, fiscalizar certo. Hoje em dia, se fala muito sobre presidente, mas e os outros? Quantas vezes você fiscalizou o que seu deputado que você votou fez nos últimos 4 anos? Ou o vereador? São eles que fazem as leis, certo? Quais leis eles criaram? E as verbas que eles recebem? Como foram usadas? E as doações de campanha? Quem doou dinheiro a eles antes das eleições? O politico que você votou e estes doadores de campanha fizeram negócios entre si apos a campanha vitoriosa? Responder estas perguntas, acompanhar seu deputado é que vai mudar o Brasil.

A solução do Brasil virá de baixo pra cima. Mas ae você me retruca: Ah Tiago, mas como é que vamos pesquisar sobre tudo isso? Não há tempo. Daí te respondo: Hoje ta fácil. Da pra você fiscalizar muita coisa hoje em dia na internet. O Portal da Transparência, que foi criado em Novembro de 2004, é a peça chave que permite o acesso a inúmeros tipos de dados. Alem disso, muitas coisas boas aconteceram recentemente relacionados com a transparência da informação entre o estado e a população, com a ajuda do TCU (Tribunal de Contas da União), MP (Ministério Publico), e ate mesmo o próprio Facebook. Basta você fazer poucos cliques pra descobrir se seu politico esta sendo desonesto ou não.

A solução do Brasil vira de baixo pra cima. Não adianta votar "certo" e depois sentar na cadeira e ficar reclamando nas redes sociais que nada adianta. Abaixo vou postar um tutorial sobre como checar como anda seu politico. Siga os passos e veja se seu politico possui alguma ficha criminal, ou quais empresas doaram dinheiro pra ele, quais são os gastos que ele faz no dia dia, quais leis que ele participou a criar recentemente, etc. Se você estiver bem empolgado e quiser aprender a fundo como fiscalizar políticos de forma a dar inveja a alguns repórteres investigativos, então você deve acessar esses tutoriais:
Mas ae você fala: "Ah Tiago, não vou perder meu tempo aprendendo a mexer em sites, buscar informação, etc..". Dai eu retruco novamente: Não precisa perder tempo nem pra aprender, ate isso já foi feito pra você. Apresento o site do Lúcio Big (abaixo), que organizou um website que praticamente compila e distribui todos os dados coletados pelos portais da transparência do Brasil afora. Basta alguns simples cliques pra você descobrir quem doou dinheiro pro seu deputado antes das eleições, e aonde seu deputado gasta esse dinheiro e o dinheiro da verba que recebe do legislativo. Se você achar algo estranho, ilegal ou imoral, mande um e-mail pra seu deputado, poste no Facebook e mande um e-mail para o Lúcio Big ou deixe um comentário aqui no blog, o que você achar mais fácil.

Abaixo, você pode acessar o site da OPS (Operação Politica Supervisionada, mais conhecida como Operação Pega Safado) criado por Lúcio Big, pois lá tudo é muito mais simplificado e você pode fiscalizar os políticos de forma muito mais fácil:
Hoje o site da OPS está focada em deputados federais. Pegue o deputado que você votou a 4 anos atras e faça uma pesquisa sobre ele no site. Veja se está tudo OK. Se tiver algo errado, vote em outro. O site tem planos de aumentar a abrangência para senadores e até deputados estaduais. O executivo tambem está na mira deles e logo logo estará no site tambem.

Eh fiscalizando que começaremos a colocar os políticos no eixo. Não adianta ficar falando pra votar certo, se não fizer o dever de casa, que eh fiscalizar certo.

sexta-feira, abril 11

Proteja suas ações dos gringos especuladores

Sabemos que investidores estrangeiros investem em empresas brasileiras. Só neste mês de março, 25% das compras e vendas de papeis da Bovespa foram negociados por estrangeiros de acordo com o site da BM&FBovespa. Isso não é um problema, na verdade isso é solução. Quanto mais gente investindo no Brasil, melhor. O problema acontece quando os gringos resolvem especular agressivamente com os papéis brasileiros. A pergunta deste tópico é: Como dormir tranquilo vendo seu patrimônio ora subindo, ora descendo, feito uma montanha russa? Bom, Existem muitas técnicas de proteção de patrimônio chamado Hedges e vou comentar neste tópico como se proteger dos especuladores estrangeiros sem deixar de investir nas empresas de capital aberta presentes na BOVESPA.

Antes de tudo, não confundam investimento de alto risco com especulação. O sucesso na vida depende de altos riscos, ninguém vence na vida fazendo as mesmas rotinas banais e vivendo na mesmice entediante da zona de conforto. As grandes vitorias sempre vem de grandes riscos. Porem podemos sim evitar a especulação eufórica, o risco desnecessário, a jogatina, que são riscos que não dão retorno no longo prazo. Este post discutira especificamente como se proteger do risco desnecessário causada pela especulação estrangeira.

Antes de entrar no conceito matemático, vamos tentar entender qualitativamente a relação entre o dólar e o índice Bovespa (IBOV). De acordo com a lei da oferta e da procura, quando os investidores investem ou sacam o dinheiro investido no Brasil, ele acaba afetando tanto o valor do dólar quanto o índice Bovespa. Abaixo segue dois exemplos simples.

Quando um investidor estrangeiro resolve comprar acoes no Brasil, primeira coisa que ele precisa fazer é comprar reais, pois as ações da Bovespa não são negociadas em dólares. Isso faz com que a demanda por reais aumente. No mesmo momento, não há variação da oferta de reais. Portanto o preço do real sobe com relação ao dólar, causada pela lei da oferta e demanda. Se o preço do real sobe perante o dólar, o preço do dólar cai perante o real. Conclusão, quando muitos investidores externos resolvem injetar dinheiro no Brasil, o preço do dólar cai. O inverso segue a mesma lógica: Se o investidor estrangeiro levar sua grana pra casa, o dólar sobe.

Com relação ao índice BOVESPA, o efeito eh muito mais intuitivo e não precisa de muita explicação: Quando muitos investidores externos resolvem injetar dinheiro no Brasil pra comprar acoes da BOVESPA, o valor do IBOV sobe, já que a demanda por ações aumenta. O inverso segue a mesma lógica: Se o investidor estrangeiro levar sua grana pra casa, o IBOV desce.

Reparem que existe uma correlação negativa entre dólar e o IBOV, quando um sobe o outro tende a cair, e vice-versa. Mas obviamente que a queda de um não causa a subida do outro. Ambos movimentos são causados por um agente em comum: o investidor estrangeiro. Correlação não implica causalidade, mas a correlação existe e podemos proteger nosso patrimônio usando essa correlação. Basta comprar dólar em uma proporção X com relação ao seu portfólio da BOVESPA. Se der a louca no investidor externo causando fuga de capitais, o IBOV despenca e você perde, mas o valor do dólar aumenta e você ganha, equilibrando seu capital total.

Esta técnica se chama Hedge de Dólar e muitos bancos e fundos oferecem esse serviço. O problema é que eles cobram a famosa taxa de administração. No meu próximo post sobre esse assunto, vou explicar como obter esta proporção X, usando matemática simples (ou menos complexo possível) e como executar o Hedge de Dólar na pratica.

Lembre-se: O investidor estrangeiro não é o único fator que rege a variação do dólar, tão pouco é o único fator que rege a variação do IBOV. No entanto, a correlação existe e é nessa correlação que iremos nos focar no próximo post.


sábado, abril 5

Projeção e análise do índice BOVESPA

Neste post vou começar comentando sobre outro post que fiz a 2 anos atraz, depois mostrar a continuidade da queda que vem acontecendo desde 2010 e uma leitura importante: Uma possível alta de curto prazo.


Em maio de 2012, eu publiquei uma analise do índice BOVESPA, usando o ponto de vista do investidor estrangeiro, que é o índice BOVESPA indexado ao dollar (IBOV/dolar). Naquela época, o gráfico do IBOV mostrava um suporte forte de mais de 20 anos e por causa disto, muitos estavam comprando "fortemente" pois acreditavam que estavam num período de preços baixos (veja ponto 10 neste link). A idéia central do post que publiquei (clique aqui para ver) dizia que este suporte de 20 anos não existia quando usavamos o IBOV/dolar. Consequentemente, muitos estavam confiante com um suporte histórico de 20 anos, enquanto que quem via o IBOV/dólar, que é a grande maioria dos investidores, notava que não existia suporte nenhum e tinha espaço pra muito mais quedas. Veja a analise completa no post anterior clicando aqui.



O gráfico acima e o mais detalhado abaixo não são gráficos do IBOV, mas sim, o gráfico do IBOV indexado ao dólar (IBOV/dolar). Utilizo este gráfico pois eu acredito que estes sejam visualizado por muito mais pessoas com poder de decisão do que o gráfico padrão do IBOV. Não só o capital estrangeiro se baseia neste gráfico, mas também grandes empresas brasileiras. Somente pessoas físicas brasileira (em média, claro!) são os que fazem leitura usando o gráfico do IBOV, o que corresponde a somente 10% de todos que operam na BOVESPA.


Clicando do gráfico acima, podemos notar que quando o suporte de alta foi quebrado em Maio de 2012 (ponto 1 no gráfico), um canal forte de baixa foi gerado, que vem se mantendo já faz 4 anos. Este suporte vem sendo testado, nos pontos 2 e 3, e talvez poderá também ser testado novamente num futuro próximo. Caso este suporte seja rompido, existe um grande suporte psicológico (ponto 4 no gráfico), que é justamente fundo do poço da crise de 2008. Existe uma chance real de chegarmos lá, o que será muito bem vindo pois será um ótimo ponto pra compras.

Em caso de alta, o índice poderia chegar a testar a resistência formada por este canal de baixa de 4 anos (ponto 5 no gráfico). Caso esta resistência seja rompida, poderíamos testemunhar o começo de um novo ciclo de alta. O que será muito bem vindo também. Bolsa é assim, se ela sobe a gente acha bom, se ela desce a gente acha bom também.

Reparem num indicio de forte alta de curto prazo. Primeiro, reparem nos dois fundos mostrados pelos pontos 2 e 3 no gráfico. O ponto 3, formado em março de 2014, está localizado abaixo do ponto 2, que foi  formado em julho de 2013. No entanto, quando olhamos para o índice de força relativa (IFR -gráfico vermelho localizado na parte inferior do gráfico principal) vemos que a minima formada em março de 2014 está muito acima da minima formada em julho de 2013. Em outras palavras, a linha azul (ponto 6) está subindo e a linha azul (ponto 2 e 3) está descendo. Isso é um indicio forte de reversão de tendencia (Quem quer se aprofundar em IFR, clique aqui).

Concluindo, esta alta que começou dia 19 de março de 2014 tem tudo para continuar subindo no curto prazo, podendo chegar a testar até mesmo a resistência no ponto 5. Ou seja, ainda tem espaço pra mais altas no curto prazo. Mas com a Copa e as eleições chegando, muita coisa pode acontecer. Existe tantos cenários que não há como fazer previsão nenhum. Isso é no máximo uma leitura atual do mercado.

sexta-feira, novembro 1

Projeção do Dolar e Análise Fundamentalista

Gostaria de fazer alguns comentários sobre o comportamento do dólar nestes últimos anos através de algumas análises gráficas e apontar possíveis tendencias usando análises fundamentalistas. Análise gráfica é bastante interessante para analisar o momento atual do mercado, mas sou totalmente contra tomar decisões estratégicas sem antes usar análises fundamentalistas, que é parte do que irei abordar aqui tambem. 


Para o desespero de alguns economistas que compraram muitos dólares em 2003, o dólar caiu sistematicamente desde 2003 respeitando um canal de baixa bastante sólido e que foi rompido somente em 2012 (ponto 1 - no gráfico). Após esse rompimento comecei a buscar qual seria o novo canal a ser seguido pelas massas (pois apesar das constantes interferências do banco central, o cambio é flutuante e portanto bastante influenciado pelo medo e ganancia das massas.)

Reparem que após meados de 2012 já foi possível traçar um candidato a canal de alta usando os pontos indicados pelas setas azuis no gráfico. E para a alegria do conservador, este novo canal de alta foi respeitado desde então, veja ponto 2, ponto 3 e ponto 4. Este ponto 4 é o mais recente de todos, nesta ultima queda de setembro e outubro 2013, onde o dólar chegou a atingir valores próximos a 2.20.

Tudo isso é muito interessante, mas onde quero chegar? Bom, se o canal de alta (vermelho) fosse menos inclinado eu diria que a tendencia era que o dólar se mantenha por um longo tempo, pois em geral, índices costumam respeitar canais de alta e baixa (o Canal de Baixa foi respeitado de 2003 a 2012). Mas, o problema é que esse canal ta muito inclinado. Isso corresponde a um aumento anual médio de 15%, ano após ano. Isso é insustentável baseado na economia que estamos hoje e com os juros atuais. 

Levando em consideração que os juros nos estados unidos está praticamente zero, podemos concluir que EM MÉDIA os juros do banco central, a taxa SELIC, deveria estar no mesmo patamar que o aumento do dolar. Vou me aprofundar neste conceito chamado "Paridade de Juros" em um outro post. Mas a conclusão é que se os juros brasileiros estão em torno de 9%, a expectativa do aumento do dolar deveria ser de 9% ao ano, mas o que vemos no gráfico é um canal de 15% ao ano. Em média, isso não se sustenta.

Portanto, esta canal de alta formado e respeitado nos últimos 2 anos pode não se sustentar por muito tempo, baseado na economia atual. Caso a taxa SELIC pule para valores próximos de 15%, então este canal de alta passa a ficar bem sólido. Isso é possível acontecer, se a inflação resolver a atacar de verdade.

Se tudo continuar do jeito que está, inflação em torno de 5% ao ano, juros (SELIC) na faixa dos 9%, então mais cedo ou mais tarde esse canal de alta será rompido. Porem nunca devemos subestimar o poder psicológico das massas: Se o povo achar que esse canal é forte, então assim será, e o valor do dolar continuará dentro do canal. Postarei novamente assim que o canal for rompido.

É importante ressaltar aqui que existem uma infinidade de fatores que influenciam no valor do dólar. Eu aqui só estou analisando o comportamento das massas e a paridade de juros. Eu propositalmente desconsiderei outros fatores para simplificar o cenário.

quarta-feira, maio 23

Projeção e análise do índice BOVESPA

Este post foi publicado em Maio de 2012. Dois anos se passaram e agora publiquei um novo post dando continuidade ao que descrevo abaixo. Clique aqui para ler o novo post.

Gostaria de fazer um breve comentário gráfico com relação ao índice BOVESPA. Muitos andam sustentando suas decisões no famoso gráfico logarítmico de longo prazo (vide primeiro gráfico).
Repare que temos ae um canal bem persistente de alta. E a justificativa para o mercado continuar neste canal são variadas, muitas delas muito bem fundamentadas. Meu objetivo aqui não é contestar estes argumentos, pois concordo com muitos deles. Meu objetivo aqui é mostrar que este canal de alta provavelmente não existe.

Abaixo mostro como o dólar oscilou nos últimos anos desde 1994. Veja que houve uma variação de 400% ou mais, entre a minima e a máxima.
Porque o preço do dólar é importante? Pois a participação estrangeira na bolsa de valores de São Paulo corresponde a 35%. Se ponha no lugar de um estrangeiro, quando vai operar na BOVESPA: Você acha que ele pensa em REAL? Claro que não. Na cabeça dele tudo está indexado ao Dólar. É a moeda raiz não só para o Americano, mas também para todo estrangeiro que trabalha no mercado financeiro, desde os europeus até os Asiáticos.
Desta forma, na visão de um estrangeiro, veríamos um gráfico do Índice BOVESPA indexado ao Dólar, ou seja, o índice Bovespa corrigido pelo valor do dólar no referido dia. Veja gráfico abaixo:
A partir deste gráfico, dá pra afirmar que estamos num suporte histórico de 20 anos? Pessoalmente, eu acho que existem muitas empresas boas na bolsa que realmente estão com preços muito baratos e que agora é a hora de comprar. Mas quando vejo esse gráfico, fico um pouco preocupado com a falta de suporte em um gráfico que é visto por quase 40% dos donos de todas as ações operadas na BOVESPA.

Este é só um ponto de vista sobre a situação atual da Bolsa. Qualquer comentário será bem vindo.

quinta-feira, novembro 18

A arte imita a vida ou a vida imita a arte?

Venho aqui apresentar uma sequência de 3 vídeos na mesma ordem cronológica que eu vi. Obviamente os três vídeos tem tudo a ver um com o outro e cada uma saiu de uma emissora de TV diferente. Na primeira, temos o comediante Marcelo Adnet, em seu programa Comédia MTV. O quadro passou no programa do dia 10 de Novembro de 2010.




Depois de assistir o vídeo, ponderei: "O Vídeo é bem interessante, mas não passa de uma caricatura de um setor Brasileiro." A caricatura surge quando exageramos alguma característica que acaba se sobressaindo em um individuo. E foi exatamente assim que classifiquei o video: Uma caricatura.

No entanto, em menos de dois dias, vejo o seguinte vídeo da RBS/TV Globo de Santa Catarina. Luiz Carlos Prates fala sobre o aumento no número de acidentes nas estradas catarinenses.



Após ver este vídeo, a minha classificação do primeiro vídeo como caricatura cai por agua abaixo, pois a ironia do comediante Marcelo Adnet não foi exagerar a caracteristica de uma classe, mas sim expor a característica de uma classe. Claramente podemos notar que ambos culpam o governo e as classes inferiores pelos problemas que afetam diretamente à eles. Felizmente, um dos vídeos é ARTE. Infelizmente, o outro vídeo é VIDA.

Passado mais um dia, vejo um terceiro vídeo, que mostra que eu não fui o único a por a mão na cara depois de ter visto o segundo vídeo.



Vendo este terceiro vídeo, notei que a TV Record está mesmo disposta a comprar uma briga boa com a Rede Globo. Mas também, convenhamos, o jornalista Luiz Carlos Prates podia ter recolhido seu preconceito e ter ido dormir sem esse comentário.

Por esta nem o comediante Marcelo Adnet esperava.

sexta-feira, novembro 5

The Bottle



Por amor abandona-se as raízes e lança-se ao desconhecido, mesmo que isso possa significar o fim dessa existência e o início de uma outra.